O Palácio de Mafra e o Santuário do Bom Jesus em Braga foram classificados como Património Mundial. Os monumentos integraram “as 36 indicações para inscrição na Lista do Património Mundial”, que foram avaliadas na 43.ª Sessão do Comité do Património da UNESCO.
Já são 17 os locais portugueses que integram a lista da UNESCO. O Palácio de Mafra e o Santuário do Bom Jesus em Braga foram este domingo classificados como Património Mundial. Os monumentos integraram “as 36 indicações para inscrição na Lista do Património Mundial”, que estão a ser avaliadas na 43.ª Sessão do Comité do Património, Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
O conjunto composto pelo Palácio, Basílica, Convento, Jardim do Cerco e Tapada de Mafra suscitou uma pequena discussão dentro do Comité, com o Conselho Internacional de Monumentos e dos Sítios (ICOMOS) a levantar algumas dúvidas face a esta candidatura. “Tivemos muitas discussões sobre este sítio porque o elemento crucial deste conjunto, mas achamos que a Tapada não está suficientemente documentada. Sem haver mais informações, não faz sentido recomendar este lugar como Património Cultural Mundial”, disse a representante do ICOMOS. Mas a decisão acabaria por ser positiva.
O monumento foi aprovado com apoio do Brasil, da Tunísia e da China, tal como outros Estados que fazem parte deste comité como Angola ou Indonésia, embora tenham apoiado as recomendações para a conservação e um estudo cartográfico deste complexo monumental. “Mafra reúne todas as condições para ser reconhecido. Desejamos inscrever um edifício de valor extraordinário que tem também um jardim e uma tapada e não o inverso, como indica o ICOMOS”, disse a representação de Portugal, ao defender esta candidatura.
Mafra partilhou os festejos com Braga, com o Santuário do Bom Jesus também a sair classificado. À semelhança do que aconteceu com o Palácio de Mafra, também esta candidatura suscitou algumas questões ao ICOMOS, mas a proposta acabou por ser aprovada.
O Brasil, que abriu a discussão e faz parte deste comité, defendeu que o Bom Jesus de Braga não só cumpre todos os critérios para ser integrado na lista de monumentos, mas serviu também de inspiração para o complexo do Bom Jesus de Congonhas, no Brasil, que já consta da lista da UNESCO.
Portugal esclareceu que todas as dúvidas sobre o monumento bracarense já estavam esclarecidas no dossier entregue por Portugal e que as recomendações do ICOMOS já estão mesmo a ser seguidas no santuário. A representação portuguesa afirmou ainda que o monumento também já está inscrito como património nacional.