A música é um produto cultural, por isso deve ser olhado como um negócio. É esta a ideia de base do primeiro encontro para profissionais da música que decorre esta semana em Lisboa.
Decorreu nos dias 1 e 2 de Junho o MIL – Lisbon Internacional Music Network, o primeiro encontro feito em Portugal destinado ao intercâmbio entre profissionais da música. Reuniu agentes, editoras, promotores e artistas com o objetivo de debater ideias e, sobretudo, comprar e vender música. Além das conferências e debates, um festival de música, 50 espetáculos aberto ao público em vários locais do Cais do Sodré.
O MIL é um evento de aprendizagem e de networking, uma plataforma importante para que agentes estrangeiros possam conhecer o mercado musical português mas, também, para que os profissionais portugueses possam aprender. Isto porque, para passar fronteiras, todos têm de estar bem preparados. Este é o propósito da CTL, empresa de management e produção de espetáculos que organizou o MIL, em parceria com o MaMa, o congénere francês que já conta com 8 edições.
“Em Portugal não havia eventos como este, é um dos poucos países da Europa onde ainda estava por fazer”. A organização explica que o objetivo do MIL não é ganhar dinheiro, mas sim ser útil para toda a indústria – músicos, editoras, managers, festivais – discutir problemas e aprender. E porque “em Portugal há artistas com um potencial grande para exportação”, diz Fernando Ladeiro-Marques.
Gonçalo Riscado, da CTL, sublinha outro aspecto importante: a necessidade do envolvimento político. Explicou ao Observador que “a música popular contemporânea nunca foi vista, do ponto de visto político, como uma área de investimento, um produto de exportação.” O responsável da CTL acredita que “há uma capacidade criativa extraordinária que deve ser potenciada e ajudada, não necessariamente com apoios [financeiros] mas com estas ferramentas de internacionalização”.
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Por Observador, Junho 2017