Cineasta e Membro do Conselho da Diáspora Portuguesa realiza documentário sobre Amadeo de Souza-Cardoso, que será exibido em mais de 180 países com estreia em Abril de 2016.
Foi durante um conferência sobre indústrias criativas que deu em Lisboa, a convite da Fundação Calouste Gulbenkian, que Christophe Fonseca recebeu a notícia pela qual esperava há um ano: o financiamento estava assegurado e o filme sobre Amadeo de Souza-Cardoso ia mesmo avançar, com realização do cineasta, nascido em Paris, filho e neto de emigrantes naturais da região de Leiria, que conta no currículo com mais de 50 filmes, documentários e grandes reportagens.
As filmagens do trabalho sobre Amadeo de Souza-Cardoso (1887- 1918) começaram em Outubro de 2015, passando por Lisboa, Amarante, Porto, Paris, Nova Iorque, Washington, Chicago e Berlim.
A estreia está marcada para Abril de 2016, aquando da inauguração da exposição sobre a vida e a obra do pintor, que terá lugar no Grand Palais, em Paris. O documentário será depois difundido em cerca de 180 países, através da rede France Télevision, que financia o projecto, a par do organismo público Réunion des Musées Nationaux e do Grand Palais des Champs-Élysées.
Christophe Fonseca explica que a oportunidade partiu de um convite da Fundação Calouste Gulbenkian, com quem trabalha há vários anos e que está também a apoiar o projecto. “O filme é uma narrativa biográfica, sobre uma vida que parece ficção. As pesquisas estão a permitir descobrir elementos novos. Por exemplo, foi descoberta uma nova obra de Amadeo de Souza-Cardoso”, conta o realizador, de 38 anos, frisando que o documentário pretende “dar a conhecer o trabalho do artista em Portugal, em França e no mundo”. E, diz, uma forma de “fazer justiça” ao pintor, “reescrevendo a história e o papel” que Amadeo de Souza- Cardoso teve e que “não pode ficar resumido a uma linha nos livros de História de Arte”.
Por Jornal de Leiria, Dezembro 2015