Portugal: plataforma de diálogo, cooperação e desenvolvimento entre Europa e África.
O EurAfrican Forum 2024, evento promovido pelo Conselho da Diáspora Portuguesa, teve lugar na Universidade Nova SBE, em Carcavelos – Cascais nos dias 15 e 16 de julho, com o tema nesta sua sétima edição “África: O próximo capítulo – parcerias para o crescimento”. O evento, com uma assistência recorde de 500 pessoas em cada um dos dois dias, juntou líderes políticos, institucionais, empresariais, referentes do mundo da ciência e da tecnologia e também do mundo cultural dos dois continentes. Todos estes líderes assim como as diversas organizações europeias e africanas representadas tiveram como grande objetivo, um debate rigoroso, construtivo, atual e inclusivo, apoiado em ideias, propostas, realidades e projetos com interesse mútuo para os dois continentes. Com 74 oradores provenientes de 35 países, dos quais 18 eram países africanos, o EurAfrican Forum 2024 demonstrou, uma vez mais, ser uma plataforma de excelência no que respeita ao contacto internacional e softpower orientada para o estímulo da colaboração, pública e privada, entre Europa e a África. António Calçada de Sá, Presidente da Direção do Conselho da Diáspora, afirmou perante os participantes que “sobre a estratégia de cooperação Europa – África, sobre os inúmeros projetos, sobre as necessidades e sobre as grandes oportunidades, todos estamos de acordo. O problema não é de estratégia, o problema é de execução. E, nesse sentido, torna-se imprescindível um plano concreto, um plano com alguns projetos determinantes apoiado pelo setor publico e privado dos dois continentes. Trata-se de identificar os 10-20 projetos de futuro de maior impacto (entre outros, nas áreas da educação, saúde, infraestruturas, energia, indústria, digitalização) e promover alianças robustas que representem compromissos e pactos de estado perduráveis no tempo. Só assim se poderá gerar a estabilidade e a confiança necessária aos grandes investimentos”. “A tecnologia e o conhecimento das empresas portuguesas e europeias não são suficientes para entrar em África, é fundamental haver uma verdadeira parceria entre iguais”. O Presidente da Direção destacou ainda que “não basta levar recursos para África e esperar que tudo aconteça por magia. Tem de ser um processo colaborativo, com programas aceites de forma bilateral, é “dar e receber”, e a Europa e Portugal estão muito bem-posicionados nesta relação bilateral. Temos de ter uma agenda comum que toque estes setores, e tem de haver apoio institucional total para podermos avançar. Se fizermos isso, tudo o que está na estratégia vai acontecer, e se fizermos isso bem, então vai acontecer melhor e mais depressa”.
José Manuel Durão Barroso, Chairman do EurAfrican Forum, salientou a importância do evento destacando que “as parcerias são absolutamente fundamentais para o crescimento e desenvolvimento sustentável, especialmente no contexto globalizado em que vivemos atualmente. O EurAfrican Forum é uma plataforma que reúne no mesmo local líderes governamentais, especialistas de diversas áreas, academia, empreendedores, investidores, entre outras entidades que, durante dois dias, debateram a melhor forma de capitalizar as sinergias de recursos, conhecimento, acesso a novos mercados, inovação e investigação e desenvolvimento de infraestruturas, para a promoção do crescimento e garante de um futuro sustentável para todos”. Durante dois dias, dezenas de líderes globais, governantes, políticos, empresários, investigadores e académicos, debruçaram-se sobre temas estratégicos para a cooperação entre os dois continentes, como Investimento e Internacionalização, Energia e Minas, Igualdade de Género, Educação, Agronegócio, Digitalização, Geopolítica, Infraestruturas, Desporto e Saúde. Entre os mais de 70 oradores que participaram no Eurafrican Forum 2024, destacam-se, entre outros, Paulo Rangel, Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal; Pedro Reis, Ministro da Economia de Portugal; Maria da Graça Carvalho, Ministra do Ambiente e Energia de Portugal; Sílvia Lutucuta, Ministra da Saúde de Angola; Paulo Portas, antigo Ministro dos Negócios Estrangeiros e Vice Primeiro Ministro de Portugal; Suzi Barbosa, antiga Ministra dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau; Mário Campolargo, antigo Secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa; Ana Fontoura Gouveia, antiga Secretária de Estado da Energia de Portugal; Nelma Pontes Fernandes, Presidente da Confederação Empresarial dos países CPLP; Hans Martens, Diretor Executivo do Centro de Política Europeia; Marie-Ange Saraka-Yao, Diretora de Mobilização de Recursos e Crescimento da GAVI (Global Vaccine Alliance); Emanuel Macedo Medeiros, CEO da Sport Integrity Global Alliance; Susana Feitor, Atleta Olímpica e Vivian Onano, ativista, influencer e empresária social do Quénia.
Na “Conversa de Presidentes”, que encerrou a sétima edição do EurAfrican Forum 2024, e que trouxe a Portugal o Presidente das Ilhas Maurícias, o Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, apontou o facto de “por vezes não percebemos o quão importante África é para a Europa, não só por ser o continente do futuro, mas também porque por vezes não percebemos o que se passa em África, em diferentes países e regiões. Estamos tão consumidos com os problemas europeus que nos esquecemos do nosso vizinho mais próximo, África”. Já o Presidente das Ilhas Maurícias, Prithvirajsing Roopun, defendeu que o continente africano não é apenas um, sendo composto por 54 países que “não são homogéneos nem podem ser colocados todos no mesmo cesto, porque cada um tem a sua cultura e a sua maneira de ver o mundo”, por isso, “a conexão não deve ser apenas bilateral, mas sim continental, entre dois continentes que precisam de trabalhar juntos”. A participação do 7.º Presidente das Maurícias no EurAfrican Forum inseriu-se no programa oficial da sua primeira Visita de Estado a Portugal que visa estreitar relações entre o nosso país e a República das Ilhas Maurícias, debatendo oportunidades de cooperação com interesse mútuo para os continentes Europeu e Africano. Neste âmbito, o Presidente Roopun mostrou-se interessado em aprofundar a cooperação com Portugal, nomeadamente na economia azul e nas energias renováveis, áreas que elencou, entre outras. A sétima edição do EurAfrican Forum trouxe consigo algumas novidades. Foram incluídos mais temas para análise e debate, temas estes definidos de acordo com um estudo realizado junto dos participantes da edição de 2023 sobre a oportunidade e pertinência de cada área no momento que vivemos, criando uma maior oportunidade para refletir e correlacionar todos eles, com vista a reforçar as sinergias entre Europa e África nos mais diversos setores da sociedade. Pela primeira vez, e para tornar o encontro mais ágil, alguns dos painéis do encontro foram distribuídos em sessões paralelas, permitindo aprofundar mais cada tema junto dos interessados. Este ano, o CDP apostou também na inovação, na tecnologia, na agilidade de contacto e de comunicação e apresentou a app oficial EurAfrican Forum. Como plataforma centralizada do evento, foi possível realizar inscrições para as sessões paralelas, consultar o programa online, obter informação acerca dos painéis, comunicar diretamente com a organização e os oradores, entre outras funcionalidades. Sem dúvida a mais participada até à data, esta edição do EurAfrican Forum 2024 contribuiu para afirmar o papel central de Portugal na promoção do diálogo, cooperação e desenvolvimento entre os continentes europeu e africano.
Portugueses que se destacam lá fora ajudam a descobrir onde estão oportunidades de negócios e que tipo de empresas e atividades o país pode atrair. Uma iniciativa que junta o Negócios e o Conselho da Diáspora Portuguesa.
Portugueses que se destacam lá fora ajudam a descobrir onde estão oportunidades de negócios e que tipo de empresas e atividades o país pode atrair. Uma iniciativa que junta o Negócios e o Conselho da Diáspora Portuguesa.
Portugueses que se destacam lá fora ajudam a descobrir onde estão oportunidades de negócios e que tipo de empresas e atividades o país pode atrair. Uma iniciativa que junta o Negócios e o Conselho da Diáspora Portuguesa.